terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Da crítica contra os policiais para uma solução de Segurança Pública

por policia e direitos humanos

Alguns fatos recentes provocam novamente o repúdio por parte da sociedade em relação ao serviço prestado pelas Polícias do nosso Estado (em particular pela Polícia Militar) e pelo país adentro. O que ninguém entende e diga-se, não quer entender, haja vista a falha de procedimentos de alguns  policiais, ora excedendo na força, ora deixando de cumprir com seus deveres, é o contexto político em que se encontram inseridas as instituições policiais. Quer gostem ou não, nossa polícia é política e serve a quem governa. Nossos comandos são cargos de confiança e isso deveria mudar. Nossas Instituições Policiais são ditatoriais e pressionam constantemente por produtividade, desempenho, imagem, mas dão muito pouco na luta por condições de trabalho, valorização profissional.
Historicamente a Polícia foi criada com o propósito de defender e garantir o pleno gozo do patrimônio das classes dominantes, no entanto, o que chama atenção que esta instituíção utilizada na repressão dos anos de chumbo, ainda continua intacta e nos moldes em que foi desenvolvida.

sábado, 21 de janeiro de 2012

REPRESSÃO, DOR E LIÇÕES

Concordem ou não, fazer alguma coisa é melhor que nada fazer. Desta feita, entendemos que apesar da operação iniciada pela Polícia Militar ter cunho repressivo ao menos obrigou toda a sociedade a pensar no assunto e buscar soluções, no mínimo criou-se uma discussão a respeito. Exigir que as instituições de Segurança deem uma solução a curto prazo para um problema que remonta mais de duas décadas é ingenuidade. Infelizmente nosso sistema policial trabalha repressivamente e essa é outra questão. O tráfico de entorpecentes ultrapassa as fronteiras nacionais, portanto precisa de um trabalho unindo forças estaduais e federais. Já a Cracolândia (criamos um substantivo próprio para o local!!) é um caso crônico  e não se resolve tão somente com Segurança, como todos sabem,  envolvendo áreas multidisciplinares e muita vontade política e participação da sociedade.  

REPRESSÃO, DOR E LIÇÕES

por José Ricardo Dias
Jornal O Diário de S. Paulo 18/01/2012

Uma expectativa desanimadora sobre o futuro dos dependentes químicos, antes se concentrados na Cracolândia, é predominante para aqueles que assistiram à operação da Polícia Militar. Afinal, a abordagem, iniciada no dia 03, não apenas se limitou a ser repressiva como também desordenada. Isso porque se antes a distribuição de drogas era concentrada em um local, agora os diversos dependentes e traficantes se espalharam para todos os lados do centro da cidade de São Paulo, assim agravando a sensação de insegurança aos munícipes.
Não se questiona a necessidade de intervir na Cracolândia, que desde a década de 90 age como o comércio do crime em céu aberto.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Secretária Nacional pode entrar na negociação da greve da polícia civil no Ceará

A política equivocada e estagnada desenvolvida não apenas pelo governo do Estado do Ceará bem como todos os Estados na área de segurança pública é o reflexo da greve que se estabeleceu naquele Estado. Ainda assim a coragem de alguns em paralisar suas atividades, como no caso dos policiais militares, que sofrem muito mais com o regulamento castrense, conseguiram em cinco dias o que os policiais civis tentaram (seguindo as regras) em cinco meses e não surtiu efeito. Resolveram então, partir para uma ofensiva maior.
Devemos entender que o modelo de segurança pública apesar dos avanços da sociedade, continua parado no século XV, privilégios para alguns, ineficiência no combate a criminalidade, pois quando um representante da polícia vem a público ensinar a população a se portar diante de um roubo, é a falência do poder público que se declara incapaz de proteger a população.
No entanto, não consiguimos entender como a sociedade organizada ainda não exigiu uma mudança de conceitos por parte dos órgãos de segurança pública, vejam o reflexo no epísódio lamentável da USP, onde um sargento foi atender ocorrência em local crítico (uma desocupação) e colocam a merce desta negociação um praça. Diante da circunstância espinhosa, onde estavam os comandantes que se dizem tão preparados neste momento, será que são inteligentes o suficiente para manter distância de um local compicado para se agir?
A Secretaria Nacional de Segurança Pública deveria apresentar e propor um novo modelo de segurança pública com eficiência e profissionalismo, com policiais motivados, não perseguidos pelos regimes militares ultrapassados e danosos, senão continuaremos a assistir cenas inaceitáveis em todo País fruto do desrespeito aos profissionais que atuam neste mister.


Secretária Nacional pode entrar na negociação da greve da polícia civil no Ceará

Fonte: http://ne10.uol.com.br/canal/cotidiano/nordeste/noticia

Publicado em 10.01.2012, às 13h41
Leonardo HefferDo NE10/ Ceará

O nome da secretária Nacional, Regina Miki, está sendo considerado para intermediar  a greve dos policiais civis do Ceará. A solicitação foi feita pelo presidente da Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol), Jânio Gandra, que chegou a Fortaleza na madrugada desta terça-feira (10).
Gandra veio de Brasília, onde esteve reunido com Miki, e conversou sobre a situação da greve no estado, que teve início na noite de terça-feira (3). De acordo com o sindicato dos Policiais Civis do Ceará (Sinpoci), Gandra está viabilizando uma reunião com representantes do governo do estado.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Política de Segurança ou de Governo: Lei Seca

Com muita tristeza somos obrigados a comentar  mais tragédias anunciadas em nossa cidade, frente a ineficaz fiscalização no tocante a lei seca.
Em todos os noticiários os destaques negativos de acidentes de TRÂNSITO com vítimas fatais, HÁ a presença de álcool nos condutores de veículos, o fator principal dessas cenas e episódios lamentáveis. Somos obrigados a engolir a eficiência (ao menos estão buscando mais efetivamente) com que o Estado do Rio de Janeiro, aquele com vários bandidos de renome no cenário nacional, o maior complexo de favelas do País e vários outros problemas estruturais, tratam o mesmo tema e cujos noticiários não estampam tantas mortes absurdas por condutores embriagados. Não que tudo no Estado vizinho sejam "flores" mas precisamos repensar nossa forma de atuação. Não adianta o Executivo paulista legislar e determinar como deverá ser a autuação do condutor infrator, sem uma política preventiva de segurança e principalmente política de governo, com operações efetivas no sentido de coibir quem pretenda dirigir sob o efeito de álcool ao invés de tão somente obrigar as autoridades policiais e seus agentes a uma autuação em flagrante quando a própria lei é dúbia deixando margem a interpretações. É fácil cobrar da polícia o que falta na administração pública como um todo. Incluindo-se ainda aqueles que se encontram “acima da lei”, ávidos do e pelo poder, porque como vimos em outras postagens, a lei não sujeita a todos, há sempre os reis e filhos de reis...


Operação Lei Seca contra ingestão de bebidas alcoólicas por motoristas será intensificada no réveillon do Rio 
fonte:  www.rj.gov.br/web/imprensa em 31/12/2011

Rio de Janeiro – A Operação Lei Seca, do governo do estado, vai intensificar a fiscalização nas ruas neste final de ano para evitar os excessos de bebida alcoólica e, assim, evitar os altos índices de acidentes de carro provocados pela combinação de álcool e direção.
A operação contará com cerca de 200 agentes até a madrugada da próxima segunda-feira (2), em diversos pontos da capital, principalmente no retorno das festas de réveillon na Praia de Copacabana, Aterro do Flamengo, Piscinão de Ramos e Barra de Guaratiba, locais em que haverá grande concentração de público, devido aos shows ao ar livre.