segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Nacional: Polícia - modelo militar x modelo civil

Nacional: Polícia - modelo militar x modelo civil

Teoria e Debate nº 36 - outubro/novembro/dezembro de 1997

publicado em 15/05/2006


por Elói Pietá*
As avós das atuais polícias militares, os corpos permanentes ou guardas municipais, criados nas províncias logo após a Independência, já se miravam no modelo colonial português representado pelos exércitos de segunda linha (as milícias, ordenanças, ou corpos auxiliares), complementares ao exército principal, de primeira linha.
Com o advento da República, cresceram as forças militares dos estados, transformando-se em exércitos regionais, chegando a rivalizar com o exército nacional. Estas forças militares estaduais serviam às oligarquias regionais na disputa com o restante do país, ao mesmo tempo que serviam de polícia de dois tipos: de controle da ordem interna estabelecida (por exemplo, contra os grevistas e opositores políticos), e de polícia contra a criminalidade comum das classes pobres (ladrões, assaltantes de estradas, assassinos, arruaceiros). Não é de surpreender portanto que problemas hoje existentes tenham o peso de séculos.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

DIREITOS HUMANOS: COISA DE POLÍCIA

DIREITOS HUMANOS: COISA DE POLÍCIA
TREZE REFLEXÔES SOBRE POLÍCIA E DIREITOS HUMANOS
Durante muitos anos o tema “Direitos Humanos” foi considerado antagônico ao de Segurança Pública. Produto do autoritarismo vigente no país entre 1964 e 1984 e da manipulação, por ele, dos aparelhos policiais, esse velho paradigma maniqueísta cindiu sociedade e polícia, como se a última não fizesse parte da primeira.
Polícia, então, foi uma atividade caracterizada pelos segmentos progressistas da sociedade, de forma equivocadamente conceitual, como necessariamente afeta à repressão anti-democrática, à truculência, ao conservadorismo. “Direitos Humanos” como militância, na outra ponta, passaram a ser vistos como ideologicamente filiados à esquerda, durante toda a vigência da Guerra Fria (estranhamente, nos países do “socialismo real”, eram vistos como uma arma retórica e organizacional do capitalismo). No Brasil, em momento posterior da história, à partir da rearticulação democrática, agregou-se a seus ativistas a pecha de “defensores de bandidos” e da impunidade.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Desmilitarização das PMs - Desabafo!

Escrito por: José Glaudio Henrique Júnior - Parnamirim(RN) - 25/08/2008


    Sou policial militar e sempre considero o tema da desmilitarização como algo sério. As polícias estaduais militarizadas desde a sua formação nem sempre levam consigo aquilo que deveria ser o benefício de uma educação militarizada. Muito pelo contrario, começam a conhecer a injustiça dentro de suas próprias instituições desde cedo, aprendendo que um superior hierárquico por mais errado que esteja não pode ser "observado" por seu subalterno, ou seja, no militarismo a hierarquia sobrepõe-se ao certo, e a critica exercida em favor da verdade(esta tão importante critica que leva ao aperfeiçoamento e correções de erros) é passível de punição.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Policial é deixada nua e revistada à força

DIREITOS HUMANOS - POLICIAIS: SUJEITOS ATIVOS OU PASSIVOS?

Escrito por Elder Carlos Fonseca

    Direitos humanos é tema recorrente na sociedade moderna, quer seja nos movimentos organizados, nas vítimas de ação policial, nos urros vociferantes de “jornalistas” de programas policialescos, etc...

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A hora e a vez da polícia

A hora e a vez da polícia - Ronilson de Souza Luiz

    Um ditado africano diz que não existe problema sem solução; que não há solução sem defeitos e que não há defeitos que não possam ser corrigidos. No dia em que os chefes do executivo federal e dos estaduais
tomaram posse e discursaram, o mundo celebrava a confraternização universal.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Conhecimento e aplicação: responsabilidade social - Tania Regina Nobrega Sato

    O misticismo e a filosofia foram formas que o homem encontrou para compreender e conhecer sua realidade. Sempre que um “vazio” se apresentasse, uma pergunta não obtivesse resposta, procurava-se suprir tais necessidades, pois não há conhecimento que se realize fora da relação do homem / mundo ou homem / homem. Há uma relação de reciprocidade entre o sujeito (aquele que busca conhecer) e o objeto (aquilo que se quer ou se dá a conhecer).

ÉTICA, CIDADANIA E SEGURANÇA PÚBLICA - Rogério Inácio Ribeiro

    ÉTICA, CIDADANIA E SEGURANÇA PÚBLICA são valores entrelaçados. Não pode haver efetiva vigência da Cidadania numa sociedade que não se guie pela Ética. Não vigora a Ética onde se suprima ou menospreze a Cidadania. A Segurança Pública é direito do cidadão, é requisito de exercício da Cidadania. A Segurança Pública é também um imperativo ética.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Frei Betto

“Queremos construir, desde já, uma sociedade onde as relações sociais sejam de cooperação e não de competição; onde a cultura seja a da solidariedade e não a do individualismo; onde o interesse público ganhe rosto e supere a onipotência aparente das forças de mercado; onde a diversidade humana planetária seja respeitada e se contraponha à uniformização consumista; onde haja crescente comunhão dos seres humanos com a natureza, da qual fazemos parte, e não uma relação predatória; onde a paz se traduza na destruição das armas e suas fábricas, desativadas, sejam substituídas por áreas reflorestadas ou ajardinadas, que abafem para sempre o pesadelo atômico; onde o outro seja aquele que tem algo a dizer e não um objeto de manipulação dos mais influêntes; onde o trabalho seja direito de realização pessoal e coletiva, e não mero emprego, privilégio de poucos; onde a política, graças à informação democrática, esteja capilarizada e a cidadania seja horizontal; onde, enfim, o processo de socialização progressiva faça recuar a atual hegemonia do privado e do individualismo.” 
FREI BETTO, 1998