quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Secretária Nacional pode entrar na negociação da greve da polícia civil no Ceará

A política equivocada e estagnada desenvolvida não apenas pelo governo do Estado do Ceará bem como todos os Estados na área de segurança pública é o reflexo da greve que se estabeleceu naquele Estado. Ainda assim a coragem de alguns em paralisar suas atividades, como no caso dos policiais militares, que sofrem muito mais com o regulamento castrense, conseguiram em cinco dias o que os policiais civis tentaram (seguindo as regras) em cinco meses e não surtiu efeito. Resolveram então, partir para uma ofensiva maior.
Devemos entender que o modelo de segurança pública apesar dos avanços da sociedade, continua parado no século XV, privilégios para alguns, ineficiência no combate a criminalidade, pois quando um representante da polícia vem a público ensinar a população a se portar diante de um roubo, é a falência do poder público que se declara incapaz de proteger a população.
No entanto, não consiguimos entender como a sociedade organizada ainda não exigiu uma mudança de conceitos por parte dos órgãos de segurança pública, vejam o reflexo no epísódio lamentável da USP, onde um sargento foi atender ocorrência em local crítico (uma desocupação) e colocam a merce desta negociação um praça. Diante da circunstância espinhosa, onde estavam os comandantes que se dizem tão preparados neste momento, será que são inteligentes o suficiente para manter distância de um local compicado para se agir?
A Secretaria Nacional de Segurança Pública deveria apresentar e propor um novo modelo de segurança pública com eficiência e profissionalismo, com policiais motivados, não perseguidos pelos regimes militares ultrapassados e danosos, senão continuaremos a assistir cenas inaceitáveis em todo País fruto do desrespeito aos profissionais que atuam neste mister.


Secretária Nacional pode entrar na negociação da greve da polícia civil no Ceará

Fonte: http://ne10.uol.com.br/canal/cotidiano/nordeste/noticia

Publicado em 10.01.2012, às 13h41
Leonardo HefferDo NE10/ Ceará

O nome da secretária Nacional, Regina Miki, está sendo considerado para intermediar  a greve dos policiais civis do Ceará. A solicitação foi feita pelo presidente da Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol), Jânio Gandra, que chegou a Fortaleza na madrugada desta terça-feira (10).
Gandra veio de Brasília, onde esteve reunido com Miki, e conversou sobre a situação da greve no estado, que teve início na noite de terça-feira (3). De acordo com o sindicato dos Policiais Civis do Ceará (Sinpoci), Gandra está viabilizando uma reunião com representantes do governo do estado.

Enquanto não há avanços nas negociações, seis delegacias em Fortaleza estão fazendo o atendimento à população com ajuda de escrivães federais. As delegacias funcionam em esquema de plantão de 24 horas, emitindo boletins de ocorrência e guias cadavéricas. Funcionam o 2º DP, no bairro Aldeota, 7º DP, no bairro Pirambu, 12º DP, no bairro Conjunto Ceará e o 30º DP, no bairro Conjunto São Cristovão. Também funcionam as delegacias especializadas da Criança e do Adolescente (DCA) e a Divisão de homicídios.
Na última sexta-feira (6), o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seção Ceará, entregou ao governo a carta de reivindicações dos policiais civis. A categoria pede a não punição dos policiais que participaram de movimentos grevistas desde julho de 2011; devolução do dinheiro de 199 policiais civis que tiveram salário descontado devido à greve realizada na época; que o Governo passe a oferecer promoções a policiais civis que não tenham ensino superior; extinção do serviço extraordinário e que qualquer hora trabalhada acima das 40 horas semanais seja considerada como hora extra; e reajuste salarial de 60% do salário do delegado que é de R$ 7.500.

INÍCIO - A terceira paralisação dos policiais civis em menos de um ano começou na noite da terça-feira (3), após assembleia da categoria, que se mostrou insatisfeita com a resolução rápida do Governo do Estado sobre a greve dos policiais militares. "Paramos por cinco meses seguidos e não conseguimos muitos avanços. A Polícia Militar parou por cinco dias e rapidamente estão tratando de atender as reivindicações. Por isso a categoria vai parar 100%", informou, no dia da paralisação, a assessoria do Sindicato dos Policiais Civis do Ceará (Sinpoci). A categoria já havia paralisado em julho e em outubro de 2011.




Entenda o caso (fonte: http://g1.globo.com/ceara/noticia/2012/01/confederacao-dos-policiais-civis-quer-intervencao-de-secretaria-no-ceara.html)
A primeira paralisação da categoria ocorreu no dia 2 de julho de 2011, mas foi decretada ilegal em 5 de julho pela 6ª Vara da Justiça. A categoria retomou as atividades em 3 de agosto após impasses com a Justiça. Nova paralisação foi realizada em 14 de outubro, mas o movimento, mais uma vez, foi considerado ilegal pela Justiça, fazendo com que os policiais voltassem ao trabalho em 14 de dezembro.
Nas duas primeiras paralisações a categoria permaneceu com 30% do efetivo trabalhando nas delegacias cearenses. Agora, no entanto, segundo informações do Sinpoci, 100% do efetivo policial está orientado a paralisar as atividades.
Os policiais civis reivindicam a implantação de um plano de cargos e carreiras, além de reajuste salarial. Eles querem que o salário deles seja o equivalente a 60% do salário de um delegado, que atualmente é de R$ 7.500. Atualmente, o salário de um policial civil representa 30% desse valor.

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