quinta-feira, 29 de setembro de 2011

A INFORMATIZAÇÃO DA POLÍCIA PAULISTA

Respeitamos as opiniões contrárias quando temos assuntos ligados ao direito individual e coletivo.
Agora, quando falamos em segurança pública, tratamos de um direito de todos, portanto coletivo, quanto a isso, acreditamos não existir celeumas. Porém, verificamos questões complicadas que passam pelo direito individual a privacidade. Ora, ninguém quer se sentir lesado na sua intimidade mas com o avanço da criminalidade e as dificuldades enfrentadas pelas instituições em manter uma sensação de segurança  precisamos "ceder" parte dessa privacidade em prol de uma " sensação de segurança" maior. Nesse dilema, nossas armas são os avanços tecnológicos, as câmeras de transmissão de imagens em tempo real, a informatização das informações policiais, a inteligência policial. Que servem também quando erramos. Alguém duvida?
Constantemente cobram-se das forças de segurança pública, um feedback, ou seja, começo, meio e fim do trabalho realizado efetivamente, porém, esse feedback não depende apenas do trabalho policial,  mas do aparato judicial, que convenhamos caminha a passos curtos num processo de informatização, que não atende a demanda do trabalho das polícias. Aliás, nosso trabalho é apenas o início...
Nesse texto do jornalista Luis Nassif, o qual respeitamos, há questões complexas. A forma como as informações policiais são disseminadas é um problema que pesa não só sobre aquele que tem seus dados expostos, mas principalmente para quem dele se utiliza indevidamente. Merece sim, rigor no tratamento do abuso, mas não podemos dispensar sua utilização no dia-a-dia do trabalho policial.
Outro ponto importante são as estatísticas criminais, ressaltado também pelo jornalista. Infelizmente temos que informar que os homicídios não são o melhor espelho da criminalidade, por razões intrínsecas ao seu cometimento ( motivo!!). Os homicídios estão em baixa mas os demais crimes não. A violência continua, perdemos, vez ou outra conseguimos êxito. Trabalho árduo e constante. Nossa polícia precisa se aparelhar cada vez mais, mas é necessário que o sistema judicial também acompanhe e a sociedade fiscalize em todas as fases. Toda estória tem começo, meio e fim e sempre, mais de dois lados.

A informatização da polícia paulista
por Luis Nassif - 28/09/2011 - www.advivo.com.br

Um dos grandes óbices para a informatização da polícia em São Paulo é o atraso da informatização do Poder Judiciário.
Esta foi uma das informações levantadas no Seminário Sobre Segurança Pública do Brasilianas.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

A visão de uma cidade segura

Falar sobre segurança pública é muito fácil, qualquer um pode falar com base no seu referencial. Afinal, todos nós, profissionais da segurança ou não, temos nosso ideal de um sistema de segurança que funcione, ou melhor, que nos transmita SEGURANÇA!
Constantemente estamos vislumbrando o que podemos fazer pra melhorar o nosso pequeno círculo de vida: nossa casa, trabalho, centro de estudos, o em torno da família. Não pensamos absolutamente como coletividade, o problema do vizinho é dele, o meu é meu. Raras são as exceções. Nesse sentido, cada segmento social procura a seu modo trabalhar com o intuito de garantir parcela de segurança adequada ao seu espaço. Esse é exatamente o problema. Não podemos trabalhar (como profissional da área) sem a ajuda da sociedade. Não temos olhos em todos os lugares e com certeza, não somos onipresentes. 
Segurança é sentimento coletivo, macro. Precisamos pensar como parte dessa realidade macro de segurança se quisermos, um dia, acreditar que alcançaremos um degrau do nosso ideal.


A visão de uma cidade segura
Um projeto bem-sucedido de cidade segura é, necessariamente, um projeto coletivo

Por Paula Miraglia - http://ultimosegundo.ig.com.br/colunistas em 15/09/2011 11:19

Na última segunda-feira (12), teve início em Johannesburgo a "semana da segurança", uma série de atividades organizadas pelo governo local, incluindo consultas públicas, que devem pautar as políticas de segurança pública da cidade nos próximos anos.
A democracia sul-africana tem uma trajetória bastante distinta da brasileira e seus atuais desafios econômicos e sociais são igualmente diferentes daqueles enfrentados no Brasil. Isso não impede, no entanto, que Johannesburg partilhe muitas características dos grandes centros urbanos brasileiros: pode ser descrita como uma cidade fragmentada, onde certos bairros são segregados e concentram a maioria dos crimes.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

A diferença abissal entre ensino público e privado no Brasil também se reflete no quesito segurança

Gostaria de aproveitar a oportunidade para fazer algumas considerações que me parecem pertinentes em relação ao momento em que vivemos na área de Segurança Pública.
Invariavelmente ouvimos,do poder público estadual,que a Polícia de São Paulo é a melhor do Brasil, pois bem,  se analisarmos profundamente a questão poderemos observar que isso não serve de parâmetro a qualquer órgão de segurança de uma grande metrópole, haja vista que as condições sócio-econômicas encontradas em nosso estado em comparação com Acre, Pará, Piauí, etc, são diametralmente opostos.
Todavia, as condições de trabalho, formação e modernização do aparato policial, não nos parece adequado diante da crescente demanda por segurança frente a inércia e a estagnação do trabalho policial, pois podemos afirmar que a situação não se encontra pior em termos de demonstração de ineficiência em razão da explícita ausência de concorrência.
Porém, devemos imaginar que a velocidade com que a sociedade se moderniza essa realidade de concorrência pode mudar, ou seja, efetivamente novas empresas de segurança poderão surgir com propostas bem diferentes da atualmente existentes, como poderemos constatar com o texto postado a seguir, onde uma empresa privada é responsável por levantamento que deveria ser privativa dos órgão de segurança estatal e dissemina técnicas e soluções.



A diferença abissal entre ensino público e privado no Brasil também se reflete no quesito segurança



Só 17,8% das escolas da rede oficial têm câmeras instaladas, ante 72% no caso dos colégios particulares


por Branca Nunes - em 05/05/2011


Para Ricardo Chilelli, especialista em análise e gestão de risco, a instalação de detectores de metal nas escolas, como sugere o projeto de lei do deputado Sandro Mabel (PR-GO), é uma proposta “cara, invasiva, contraproducente e inviável”, típica daqueles que pouco entendem de segurança.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Projeto pune policial que expõe acusados na imprensa

Sob o escopo da inviolabilidade da honra e da intimidade, sobra aos agentes públicos, provavelmente, mais uma punição. Mesmo entendendo o bem que está sendo preservado, como ficam as violações cometidas por outros que não agentes públicos? Como fica o direito a livre informação? É fato que muitas vezes a exposição de um determinado suspeito pode ensejar a elucidação de crimes e também há circunstâncias que independem da vontade do agente em exibir ou não indivíduo suspeito. Situações em que o meio jornalístico (responsável ou não) tem acesso a imagens que sequer são do conhecimento dos policiais. E não nos esqueçamos da Escola Base...Entendemos que deve prevalecer o bom senso na consecução da nossa atividade, porém vemos que nesse projeto a preocupação não é o bem jurídico tutelado mas atender interesses que não a dignidade humana, como no caso do uso de algemas. 
Projeto pune policial que expõe acusados na imprensa
do site: www.conjur.com.br em 09/09/2011
O deputado Silas Câmara (PSC-AM), relator na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, apresentou substitutivo ao Projeto de Lei 6.361/09, do Senado, que prevê novas práticas de abuso de autoridade cometidas por agentes públicos. Pelo substitutivo, passa a ser abuso de autoridade constranger vítimas, testemunhas e pessoa indiciada em inquérito policial ou presa em flagrante delito a participarem de ato de divulgação em meios de comunicação ou a serem fotografadas ou filmadas com esse intuito.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Brasil tem desmotivação policial ou gestão incompetente?


Esse texto tem aspectos ligados diretamente a realidade do nosso sistema de Segurança Pública, principalmente das dificuldades internas e externas que enfrentamos. Pensar sobre segurança pública é uma necessidade premente. Não há dignidade humana desatrelada do direito a segurança e isso inclui o direitos dos profissionais que trabalham e se submetem as duras provas diariamente. Muitas vezes perdemos a batalha para a violência, para a corrupção, perecemos e somos esquecidos. Chegamos tarde onde deveríamos estar onipresentes. Infelizmente a onipresença não é afeta a nós mortais, mas assim mesmo sentimos como se fosse nossa culpa. Mas será que é "somente" nossa culpa? 
Para pensar e refletir em sociedade.

Brasil tem desmotivação policial ou gestão incompetente

Por: Osvaldo Mattos (publicado em 23/08/2011 - www2.forumsegurança.org.br )

Todo ser humano necessita de motivações, quer seja no ambiente profissional ou na vida pessoal.
No caso das atividades de risco, este importante tema deve ser lembrado diariamente pelos gestores de comando e gerenciamento profissional.
Pensando bem sobre o assunto, resolvi escrever este artigo que destaca um momento muito particular que vivemos em relação a segurança pública. Que possa servir de reflexão para você que é inteligente e que como todo ser humano também é movido por motivações.
Os motivos pelos quais destaco os pontos a seguir são por perceber, convivendo com essa realidade policial, o quanto essa instituição é carente em vários aspectos, principalmente de uma história e de uma remuneração digna.

sábado, 3 de setembro de 2011

Endemia política

Por vezes nos espantamos com o avanço de uma doença crônica da sociedade brasileira chamada corrupção. O mais recente caso de "cura", a Deputada Jaqueline Roriz, preocupada apenas em justificar seu estado enfermo como intriga de uma mídia malvada. Em que pese os excessos de alguns meios de comunicação ou a falta de profissionalismo de outros, as imagens falavam por si.
É muito fácil fazer dos outros exemplos de punição, difícil é alguém poder se espelhar em nossos exemplos de correção. Não é a toa que somos o país do "jeitinho".
Mudar essa cultura poderia iniciar um processo de cura dessa famigerada doença.


ENDEMIA POLÍTICA

ESCRITO POR FREI BETTO   
SEXTA, 26 DE AGOSTO DE 2011

A política brasileira sempre se alimentou do dinheiro da corrupção. Não todos os políticos. Muitos são íntegros, têm vergonha na cara e lisura no bolso. Porém, as campanhas são caras, o candidato não dispõe de recursos ou evita reduzir sua poupança e os interesses privados no investimento público são vorazes.
 
Arma-se, assim, a maracutaia. O candidato promete, por baixo dos panos, facilitar negócios privados junto à administração pública. Como por encanto, aparecem os recursos de campanha.