Gostaria de aproveitar a oportunidade de expressar minha indignação com determindas práticas que insistem em permanecer atuantes no Brasil . Pior, não consigo verificar quem também não se encontre nessas condições em relação a proposta de fusão dos maiores varejistas do nosso País. Aqueles que saem em defesa deste negócio vem com argumentos tais como a geração de inúmeros empregos diretos e indiretos, como o Sr. Abílio Diniz , além de que, segundo eles, as empresas necessitam continuar a crescer a fim de se evitar a estagnação. Concordo com tudo isso, porém o que não posso compactuar é com a idéia de misturar dinheiro público para financiar mega empresários, pois desta forma nós brasileiros seremos sócios de três dos homens mais ricos do mundo em um contrato leonino, ou seja, onde apenas uma da partes fica com os dividendos e a outra com as despesas. Ora, o BNDES investir 3 bilhões e 910 milhões de reais em um negócio privado é inadimíssivel. Não obstante a essa afronta a inteligência e bolso dos brasileiros, por que não se investe em infraestrutura, saneamento básico, saúde, educação, habitação? O povo brasileiro precisa se indignar, na medida em que perdemos este poder/direito, tudo esta acabado. Sobre esse mesmo tema e aproveitando o gancho da postagem anterior do colega José Marcelo, colocamos o texto abaixo.
Gostaria de aproveitar a oportunidade de expressar minha indignação com determindas práticas que insistem em permanecer atuantes no Brasil . Pior, não consigo verificar quem também não se encontre nessas condições em relação a proposta de fusão dos maiores varejistas do nosso País. Aqueles que saem em defesa deste negócio vem com argumentos tais como a geração de inúmeros empregos diretos e indiretos, como o Sr. Abílio Diniz , além de que, segundo eles, as empresas necessitam continuar a crescer a fim de se evitar a estagnação. Concordo com tudo isso, porém o que não posso compactuar é com a idéia de misturar dinheiro público para financiar mega empresários, pois desta forma nós brasileiros seremos sócios de três dos homens mais ricos do mundo em um contrato leonino, ou seja, onde apenas uma da partes fica com os dividendos e a outra com as despesas. Ora, o BNDES investir 3 bilhões e 910 milhões de reais em um negócio privado é inadimíssivel. Não obstante a essa afronta a inteligência e bolso dos brasileiros, por que não se investe em infraestrutura, saneamento básico, saúde, educação, habitação? O povo brasileiro precisa se indignar, na medida em que perdemos este poder/direito, tudo esta acabado. Sobre esse mesmo tema e aproveitando o gancho da postagem anterior do colega José Marcelo, colocamos o texto abaixo.
O caso Pão de Açúcar, por Jânio de Freitas
Enviado por luisnassif, qui, 30/06/2011 - 10:34 http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif
O cofre e os negócios
A integração do Pão de Açúcar com o Carrefour compromete o governo Dilma com um negócio juridicamente incerto e com efeitos negativos
O DESVIO DE R$ 3,9 bilhões do BNDES, das suas finalidades primordiais para viabilizar a integração do supermercado Pão de Açúcar com o Carrefour, implica o comprometimento do governo Dilma Rousseff com um negócio privado de futuro juridicamente incerto e com esperáveis efeitos negativos para os consumidores e a economia social. Obra possibilitada pelo uso do dinheiro público que engorda o cofre do banco.
Com esse envolvimento articulado em sigilo, como convém aos dias de hoje, o BNDES persiste no governo Dilma com sua presença bilionária e decisiva; durante o governo Lula, na senda de negócios suspeitos ou, mais do que isso, ostensivamente contrários às leis -como o negócio das telefônicas Oi/ BrTelecom, tramado contra proibição legal explícita. E, está provado, sob justificativas falseadas: nenhum proveito se mostrou ao país ou aos consumidores.
Invocar a ética em tal nível do capitalismo seria imperdoável. Mas seja qual for o nome apropriado, a parcela de fatos afinal conhecidos -depois de negados com firmeza pelos protagonistas- indica que o Grupo Pão de Açúcar está burlando o seu sócio Casino, também francês, que o socorreu em dificuldades não distantes e ao qual, por contrato e por pagamento feito, deveria entregar parte substancial de si mesmo em 2012. O já previsível é que o Grupo Casino defenda os direitos que proclama em páginas inteiras de jornais.
Ao agravar a participação do governo por intermédio do BNDES, o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, insulta a percepção dos cidadãos com a pretensa justificativa de que a integração do Pão de Açúcar com o supermercado francês "facilitará a entrada de produtos brasileiros na Europa". O Carrefour não precisaria de associação alguma para criar a facilidade, se a desejasse e pudesse criá-la, nas suas décadas de Brasil; não tem na Europa, nem mesmo na França, toda a dimensão insinuada por Pimentel; são inúmeros os meios efetivos, de fato, para "facilitar a entrada de produtos na Europa" e não só lá, o que se viu nos últimos tempos.
Acréscimo especial à desrazão de Pimentel: se ele e o governo Dilma não sabem, o Carrefour está sem meios, ainda mais para hipotéticas colaborações -fechou 2010, como se pôde ler há um ou dois meses em jornais europeus, com prejuízo na ordem dos bilhões. De euros.
É aí que se deve procurar a razão do grupo francês para o negócio. O governo brasileiro faz, porém, mais do que favorecê-lo e ao Pão de Açúcar: desfavorece os consumidores e o já comprometido equilíbrio na oferta e na concorrência dos supermercados. A formação do crescente oligopólio, encabeçada pelo Pão de Açúcar, sairá muito fortalecida do novo negócio. Há cidades em que a situação já é ou está próxima do monopólio. Caso do Rio, para dar um exemplo eloquente, onde o Pão de Açúcar, no mínimo, é ele próprio, criou a rede Extra e comprou a rede Sendas. Graças à maior altitude comum aos seus preços, e nunca atenuada pelo maior faturamento conjunto como não o será, pelo contrário, com os preços em geral bem aceitos do Carrefour-Rio.
Alimentar (sem trocadilho) a voracidade do Pão de Açúcar é contra o que já foi muito chamado de economia popular. Sem que os R$ 3,9 bilhões do BNDES contribuam em nada para maior produção industrial. Nem para um pouco mais de empregos, mas para o desemprego sempre decorrente das fusões em atividades comuns.
Jânio Freitas, da Folha.
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