segunda-feira, 18 de junho de 2012

DESVALORIZAÇÃO POLICIAL


O texto fala por si. O que estamos tentando há anos é uma mudança de paradigma, de estrutura de Segurança Pública que enxergue o cidadão e o policial como detentores de direitos e deveres. Segurança  Pública é obrigação do Estado e dever de todos. Ser policial é uma escolha de vida que como tal precisa de dignidade. A quem interessa essa situação de caos? Com certeza não atende aos profissionais de segurança...

Desvalorização do Policial - Quem quer manter a ordem? Quem quer criar desordem?

Por Ivenio Hermes Junior - Rio de Janeiro(RJ) - 11/06/2012
Fonte: Fórum Brasileiro de Segurança Pública

1 Paradigma Pós-ditadura
O Brasil conserva um paradigma de instituições policiais que pouco evolui mesmo com a demanda da sociedade pós-ditadura militar. O país ainda não encontrou seu modelo próprio e ao imitar as polícias estrangeiras, os seus agentes se veem cada vez mais perdidos na diversidade de técnicas que precisam aprender e constantemente mudar.
Encapsulando esse problema existe a falta de regulamentação do artigo 144 da CF/88, que ainda mantém em seu ordenamento uma polícia que de fato nem existe mais. E essa falta de objetividade e intenção de esclarecer como deve ser gerida e organizada a carreira policial, enfraquece todo o sistema de segurança pública da nação, tornando-a pouco capaz de fornecer o serviço de proteger e servir que a população necessita.
Nesse redemoinho de inação ou falta de vontade de agir, os integrantes das carreiras policiais são apanhados e veem seus sonhos de prestar um bom serviço ao povo brasileiro e serem reconhecidos por isso, ir esvanecendo como toda boa ilusão.
Por que nossa segurança pública continua tão fragilizada? A quem interessa manter uma polícia fraca e sem capacidade de funcionar amplamente? Por que os policiais brasileiros são tão desprezados pelo poder legislativo e pela mídia? Essas questões irrefutáveis sugerem muitas respostas, mas é preciso reconhecer algumas delas em busca de equilibrar as ideias para futuras soluções.

domingo, 3 de junho de 2012

Conselho da ONU pede Fim da Polícia Militar no Brasil


A incompatibilidade de um modelo militar de Polícia com o Estado Democrático não é novidade, principalmente para os próprios integrantes da Polícia Militar. Muitos anseiam o dia em que a essa antiga Instituição (polícia fardada), quase tão antiga quanto a Polícia Civil em todo o território Nacional, alcance status de tão somente Polícia, sem o ranço de ser reserva do Exército e identificada como repressiva , opressora, violenta. Educação, formação e aperfeiçoamento para isso já possuem. Os policiais militares, como tantos agentes da segurança pública, possuem formação superior e conhecimentos que poderiam ser melhor aproveitados, não fossem a rigidez dos regulamentos internos que privilegiam as carreiras superiores (como os policiais civis ocorre da mesma forma, talvez em menor intensidade) em detrimento das carreiras de escalão mais baixo.  Hierarquia e disciplina deve existir em qualquer organismo institucional porém não pode suplantar a dignidade do indivíduo debaixo da farda, ou outro símbolo designativo da função pública. E quando o profissional se sente ferido em seus direitos pode agir com excesso. Esperamos que identificado o problema mesmo que tardiamente, possamos corrigir essa distorção. Precisamos virar essa página da nossa história e avançarmos num modelo de segurança, sem ingerências políticas (esse modelo ultrapassado somente serviu ao " Estado" ),  que realmente busque os interesses da sociedade e dos profissionais que abdicaram e ainda abdicam de suas vidas em prol de todos.
Conselho da ONU pede fim da Polícia Militar no Brasil por Thiago M Silva
Da Folha.com
DA EFE
Relatório lista 170 recomendações do Conselho de Direitos Humanos. Sugestão da Dinamarca é de que país combata 'esquadrões da morte'

O Conselho de Direitos Humanos da ONU pediu nesta quarta-feira (30) ao Brasil maiores esforços para combater a atividade dos "esquadrões da morte" e que trabalhe para suprimir a Polícia Militar, acusada de numerosas execuções extrajudiciais.
Esta é uma de 170 recomendações que os membros do Conselho de Direitos Humanos aprovaram como parte do relatório elaborado pelo Grupo de Trabalho sobre o Exame Periódico Universal (EPU) do Brasil, uma avaliação à qual se submetem todos os países.