PÁTRIA AMADA BRASIL E SUAS MANIFESTAÇÕES
por Policia e Direitos Humanos
A
recente onda de manifestações que assolam o Brasil merece algumas considerações
sob nosso ponto de vista.
Chama
atenção o fato de não haver líderes (declarados) o que sem dúvida dificultam as
ações do poder público, acostumado com as ultrapassadas medidas desencadeadas
nos anos de chumbo, cujos brasileiros, em sua maioria não participaram, porque extremamente
jovens ou sequer nascidos.
Se
louvável e inteligente o fato de não haver líderes declarados, para não ser
massacrado, por outro lado o foco foi perdido na medida em que cada grupo
reivindica coisas que não são e não podem ser de pronto atendidas. Vimos reivindicar
a livre manifestação em alusão à época da ditadura que a maioria nem havia
nascido, por outro lado às instituições que deveriam manter a ordem pública não
tem um setor de inteligência eficaz, capaz de prevenir alguns acontecimentos e entender o que pode ou não deve ser feito para
conter a onda de depredações aos bens públicos e privados, denotando assim, urgente
necessidade de mudanças em um Sistema de Segurança Pública ultrapassado e
ineficiente.
Não
obstante aos acontecimentos do dia 07 de Setembro, especificamente, salta aos
olhos o fato de em algumas cidades existirem mais policiais do que
manifestantes, falta de logística e exposição desnecessária do homem policial
estressado por demais com suas atribuições diárias.
Preocupa-nos
também, quando um magistrado determina que os manifestantes não identificados
ou que se recusem a se identificar, deve ser abordado, detido e conduzido ao
Distrito Policial, afinal, só se precisa de um motivo para provocar ainda mais
um motim!Se não houver motivo justo (que não apenas à mascara no rosto), para que jogar os
policiais contra os manifestantes?
Enfim,
será que é necessário a intervenção do judiciário para uma ação precisa da
segurança pública, quando há previsão constitucional? Mais uma vez temos que
falar o óbvio? Acreditamos que não, no texto de nossa Carta Magna está expressa
a “livre manifestação e vedado o anonimato”, simples assim.
Hoje
existe uma crise institucional exacerbada e uma confusão em relação à
democracia, pois democracia não deve e não pode ser confundida com anarquia. Mesmo
detestando citar os Estados Unidos da América (péssimo hábito de “importar” o
que não nos serve), as manifestações que por lá explodem, muito mais
intensamente e periodicamente que no Brasil, na maioria das vezes são ordeiras,
porque o cidadão norte americano tem plena consciência que não existe direito
absoluto e se por ventura depredar bens públicos, ou atentar contra as forças
públicas, sem dúvida será responsabilizado pelos seus atos.